Meu corpo me abandonou
Minhas memórias me abandonaram
Meus sentimentos, minhas vontades...
O sonho do vento glacial bate em meu rosto
Seu som copioso que ninguém cala
Porque não haverá ninguém para calar
Seremos
Eu
Frio
Vento
Branco
...
Haverá alguma natureza
Que seja a minha natureza
Que seja selvagem
Minha natureza
Que castigará meu corpo que se foi
Que desprezará as memórias que se foram
Meus sentimentos, minhas vontades
Serei instintos
Que abandonamos, desprezamos
Por tão pouco, veleidade
Meu amigo:
ResponderExcluirAnimais, sempre seremos;
Qual peleja configura
Mais cruel à criatura
Que esta que nunca vencemos?
Pois que, ofegantes, rebentam
As bestas que nos adentam
Quando suplantá-las cremos.
Belos e sinceros versos, os seus!