quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Interlúdio: Caos no Universo Animal

Entropia
Penso
Logo creio ser dotada de cueldade à maneira de nosso livre arbítrio coletivo
Caos
Creio
Logo penso tratar-se de uma praga
Um castigo infligido por um desses deuses sempre dotados de crueldade
Axioma
Não se refuta
Dogma
Não escrito nem louvado de joelhos e mãos postas
Caos
O tempo seu senhor
Somos pois escravos do escravo
Nossa humilhante condição de subjugo à destruição constante que se arrasta desde a sopa primeva
O estigma do caos
No mais simples código genético
Nós, as bactérias
Nós, os plânctons
Nós, os girinos
Répteis, aves
Mamíferos-sapiens
Todos carregamos o estigma
Chagas que sangram no pulso e vertem água do peito
Mas que estigmas?
É o fato, sem versões
Sem figuras rupestres ou de linguagem
O que são essas figuras se não um nada
Racionalizações que são nada
Como a contagem de tempo que não passa
Vê-se apenas seu rastro
Seu passar silencioso e devastador
Mas o tempo passa
O tempo passa?
Nós passamos?
Ou é o caos na sua jornada?
Entropia

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